O grande dilema para homem e mulher que aceita o desafio de andar com Deus é aprender a acompanhar a Sua sombra, a sombra da Sua presença. Foi assim com o povo no deserto. A conexão daquele povo com o seu Deus, era baseada na dependência. O texto de Números 9.16, 17 apresenta um povo assim, submisso, reverente ao mover de Deus, "... quando a nuvem se erguia... os filhos de Israel se colocavam em marcha... onde a nuvem parava... eles acampavam..." Uma das nossas mais presentes tentações tem a ver com o fato de escolhermos alguns caminhos para nós, que não são os caminhos de Deus. Quando isso acontece perdemos a visão da dependência. No deserto não era assim. Por meio do seu mover Deus guiava o seu povo.
Quando Deus está se movendo percebemos a Sua presença, quando Deus está se movendo Sua vontade é revelada, quando Deus está se movendo Seus propósitos e caminhos se tornam claros. A pergunta é: O que é necessário para que Deus se mova? O versículo 15 do capítulo 9 de Números parece nos dar uma dica, "... no dia em que foi erguido o tabernáculo... a nuvem o cobriu, a saber, a tenda do Testemunho..." Havia uma obra a ser concluída, um momento marcado na história, um dia a ser celebrado! O tabernáculo fora construído sob a orientação do próprio Deus, para Glória e Louvor Dele. Essa é a condição para que Ele se mova sobre qualquer obra que parte das nossas mãos. Antes de ser nossa, a obra precisa ser projeto do Eterno. Algo que construímos sob a sua regência e que precisa ser necessariamente veículo de Testemunho.
Quando Deus se move aprendemos a andar no Seu tempo. O tempo tem sido um senhor implacável. Nossa agenda frequentemente se sobrepõe à vontade de DEus. Nossa mente delibera, nossa alma deseja e o nosso corpo executa, muitas vezes sem perceber a vontade do Pai. A nossa desculpa tem a ver, quase sempre, com o tempo. O povo no deserto não tinha agenda. O seu tempo pertencia ao Senhor. Pronto para marchar, pronto também para acampar, pronto para obedecer.
Apóstola Dirlei Lima
